sábado, 27 de fevereiro de 2010

 
More to the point, I need to show
How much I can come and go
Other plans fell through
And put a heavy load on you
I know there's no more that need be said
When I'm inching through your bed
Take a look around instead and watch me go

primeira semana em são carlos de 2010. furação na cabeça, muitas bebidas, muita gente, muita república. e tudo era pra estar perfeito, e tudo é perfeito, se não fosse essa confusão mental que não me deixa. Essa insônia que me sinaliza que ALGUMA coisa está errado. no meu post passado eu escrevi sobre como eu não sei o que eu quero da vida e acho que agora isso está começando a me incomodar. 
hoje eu estava pensando em qual seria a musica da minha vida. tipo aquela que seria a trilha sonora dos créditos finais. e eu cheguei a conclusão que seria 'sure know something' do kiss. toda vez que eu ouço essa musica me bate uma coisa muito forte.
credo, nem escrever direito eu estou conseguindo.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Diga que me adora
Deixe o orgulho e venha, porque já
Está na hora, da gente se encontrar e sermos um
Mas não demora, que é pra chama não desencantar
Se esvair no ar, e só restar lembrança

Segundo dia em são carlos, tentando escrever sobre forte influencia psiquica e alcoolica. Hoje muita coisa aconteceu.
Primeiro aprendi que sou uma pessoa especialmente desenhada para os estudos freudianos. Acho que se Freud estivesse vivo hoje ele iria se divertir comigo. Segundo aprendi que quando as coisas merecem eu TENHO INSÔNIA em são carlos, o que nunca tinha acontecido. Terceiro que eu quero muita coisa e não sei o que quero. Sinceramente. Eu não sei se quero tudo e disparo atrás ou se não quero nada e fico parada.
Eu quero eu preciso, eu necessito e no final eu não faço idéia do que seja. Por um lado eu acredito que está perto, por um outro lado eu acredito que não existe. E no final pode ser mais simples do que eu nunca imaginei ou mais inalcansável do que eu sempre irei enxergar.
Por favor, só quero continuar nessa paz interior. E sentir o mundo conspirando ao meu favor. Agora se ele puder conspirar UM POUCO mais a favor, destino, te agradeço.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

 
Yeah! Attitude
Some fuckin' attitude
I can't believe what you say to me
You've got some attitude

resolvi copiar a matéria que saiu o whiplash (www.whiplash.net) onde o duff fala do nirvana.acho que todos precisamos de heróis e esse é o meu.

'
A coluna de DUFF McKAGAN (LOADED, VELVET REVOLVER) é publicada toda quinta-feira na coluna Reverb do Seattle Weekly. Ele escreve sobre o que está circulando por seu iPod toda segunda.
Eu estava num estúdio de gravação dia desses e tinha tempo de sobra. Se eu não estiver lendo um livro ou escrevendo, por muitas vezes eu saio fuçando atrás dum jornal ou uma revista. Nesse dia, eu me deparei com 'Cobain', uma revista-tributo publicada pela Rolling Stone alguns meses depois da morte de Kurt em 1994.
Eu não posso apontar as razões, mas do nada, naquele estúdio escuro, eu fiquei embargado e emotivo. Eu li esse livro do começo ao fim, e enquanto claramente lembro bem desse hiato, eu não acho que o foco da tristeza tenha batido em mim até esse momento. Uma tristeza profunda que agitou muita emoção com a qual eu não tivesse lidado ainda. Eu não sei, pra ser honesto.
Eu estava no mesmo avião que Kurt estava naquele vôo de Los Angeles alguns dias antes de sua morte. Ambos estávamos chapados. Nõs conversamos, mas superficialmente. Eu estava em meu inferno, e ele no dele, e parecíamos ambos entender isso.
Quando chegamos a Seattle e fomos até a esteira de bagagem, passou pela minha cabeça convidá-lo pra ir até minha casa ali e naquele momento. Eu tinha um sentimento verdadeiro de que ele estava solitário e sozinho naquela noite. Eu me sentia da mesma maneira. Havia uma aglomeração louca de pessoas ali em público. Eu estava numa banda de rock muito famosa, e ele estava numa banda de rock muito famosa. Nós estávamos um do lado do outro. Muitas pessoas pararam pra olhar. Eu me distraí por um minuto e Kurt disse tchau e saiu em direção ao carro que o esperava. A casa nova dele era pra baixo da minha nova casa na mesma rua. Eu recebi uma ligação de meu empresário dois dias depois dizendo que Kurt tinha morrido.
Eu acho que eu estava insensível pra esse tipo de coisa naquele ponto da minha vida. Eu tinha perdido dois de meus melhores amigos por overdose de drogas. Pessoas em minha própria banda tinham tido overdose várias vezes. Minha vida e meu vício estavam rodando fora de controle, e meu corpo estava falhando em várias maneiras. É possível que eu fosse incapaz de sentir tristeza, incapaz de pegar o telefone e ligar pra Krist [Novoselic, baixista do Nirvana] ou Dave [Grohl, baterista do Nirvana]. Na verdade, eu tinha uma auto-estima tão baixa naquele ponto, que eu tenho certeza que eu achei que minha ligação não teria impacto sobre esses caras legais.
Eu tinha ficado muito animado em idos de 1991, quando bandas da minha cidade natal de Seattle começaram a ficar famosas e terem reconhecimento por sua música magnífica. Eu estava orgulhoso porque eu sabia que a cena era única e auto-suficiente e aberta a novas e diferentes idéias.
Alguns anos depois, no MTV Awards, onde tanto minha banda como o Nirvana se apresentaram, eu me queimei quando percebi hostilidade pra cima de minha banda vinda do lado do Nirvana. Em meu delírio induzido por bebedeira e droga, eu ouvi o que queria ouvir, e fui atrás de Krist Novoselic atrás do palco. Eu não tinha controle sobre mim próprio então. E Krist, eu peço desculpas por aquele dia.
Krist, meu colega e amigo, eu sinto muito pela sua perda, também. Eu sinto muito que não pude ser seu amigo naqueles dias. Nós tínhamos tanta, tanta coisa em comum. Nós temos tantas coisas em comum hoje em dia.
Eu sinto muito por não ter tido o discernimento de apenas chegar em você e conversar no MTV Awards em 1992. Eu era louco e insano então. Minha maneira de lidar com qualquer tipo de conflito tinha se estreitado a pugilato de buteco. Kim “Fastback” Warnick, meu mentor, me ligou no dia seguinte ao meu mico e acabou comigo por causa disso. Eu me senti tão baixo. Eu simplesmente não sabia como lhe telefonar e pedir desculpas. Meu sonho de estar em uma banda que todo mundo no mundo acreditasse tinha tornado-se realidade. As complicações que vieram com isso também estavam se fazendo presentes. Você estava lidando com as mesmas coisas que eu estava. Nós poderíamos ter tido muito assunto pra conversar.
Eu fico feliz por você ter superado aquela temporada louca da sua vida. Só um homem forte passa por aquela devastação e não sai permanentemente aleijado. Sua banda deveria ter sido uma daquelas que continua estabelecendo novos padrões pro que uma banda de rock é. Sua carreira e visão foram podadas. Nós músicos apenas não falamos desse tipo de coisa, achando que é um pouco sensível demais. As pessoas esperam que a gente simplesmente supere isso. Por quê, nós não temos nossas pilhas de dinheiro pra com as quais nos fazermos sentir-se melhor: se as pessoas apenas soubessem.
Eu não estou tentando envergonhar você, Kris. Talvez eu apenas esteja agora tentando tomar as rédeas da situação e exorcizar meus próprios monstros ocultos, eu fico feliz que agora somos amigos e eu espero que essa parte da história dure pro resto da vida.
Fonte desta matéria (em inglês): seattleweekly.com'

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


Eu sou uma contradiçao
E foge da minha mão fazer com que tudo o que eu digo 
Faça algum sentido
Eu quis me perder por aí
Fingindo muito bem que eu nunca precisei de um lugar só meu

Eu já fiz um mini post hoje e juro que não ía me dar ao trabalho de escrever alguma outra coisa.
mas tem coisas que precisam ser colocadas pra fora antes que elas percam o sentido. E principalmente, coisa tem de ser esclarecidas pra nós mesmos.
Essa música, apesar de ser da pitty e afins, me diz muita coisa, especialmente nesse trecho. eu sou controversa, eu mudo de opinião a cada dois minutos e eu faço coisas que anulam as outras.
Isso não quer dizer necessariamente que eu não tenha uma opinião fixa ou uma filosofia de vida. Eu tenho e eu sigo coisas e acredito em coisas que não mudam. 
Mas muita coisa muda. Muita. E não é obrigação de ninguém descobrir se amanhã eu vou gostar de amarelo ou azul, mas aceitar que eu sou assim. Porque sinceramente eu gosto desse meu jeito inconstante e besta e volúvel de ser. Sou eu. 

I was seventeen, you were just a dream
I was mesmerized, I felt scared inside
You broke my heart and still can
Feel the pain.
I've been carried out, I've had fear and doubt
Up in stormy night never satisfied
'Cause late at night I still need you
Just the same.

Adoro essa música do kiss. Todas férias eu fico com o coração flutuando e essa música se encaixa perfeitamente no meu estado emocional de ser.