terça-feira, 18 de agosto de 2009

Com meus moinhos de vento.

Mas quem tem coragem de ouvir?
Amanheceu o pensamento...
Que vai mudar o mundo com seus moinhos de vento.

(baby compra o jornal e vem ver o sol.)

Silêncio. Silêncio quando não há grito. Silêncio quando não há frases prontas. Silêncio quando o falar é tão incômodo. Silêncio pela tranquilidade, silêncio pela inutilidade das palavras, silêncio pelo simples fato de ser silêncio.

Eu poderia cantar, poderia fantasiar, poderia dar asas pra tudo que minha mente produz em uma velocidade e em uma falta de razão absurda. Sair contando casos, verdadeiros ou de mentira, contando sobre o livro delicioso que estou lendo, sobre a música quente que jorra do fone para meus ouvidos, contando, falando, terapiando com o mundo!

Mas algo me induz ao silêncio. Algo me empurra para o conforto do não-dito. Espero que o conforto não se transforme em acomodação com o tempo. Que o conforto não vire resignação e a resignação em passividade. Eu ainda quero ter aquela paixão em ter as coisas, em agarrar e devorar tudo que meus braços alcançarem e meus olhos enxergarem.

Espero que o silêncio seja apenas uma hora calma para meus ambientes entrarem em sintonia. Que o silêncio seja apenas um pacificador dos meus desejos e aplacador dos meus impulsos. E que tudo entre no mais completo equilíbrio rapidamente.


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